terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

FELIZ ANO NOVO, VIDA NOVA



Hoje, 30 de janeiro de 2011,depois de quase dois meses volto a postar no blog A VARANDA. Para agradecer todas as mensagens recebidas de FELIZ NATAL e FELIZ ANO NOVO dos amigos e retribuir também as mensagens otimistas de FELIZ FINAL DE SEMANA. OBRIGADO POR TUDO. Vamos enfrentar 2011 com muita coragem e verdade em todos os nossos pensamentos, desejos,sonhos e projetos, pedindo sempre a DEUS toda a ajuda dos CÉUS. Apesar da tragédia ambiental no região serrana do Rio de Janeiro, que todos nós lamentamos profundamente,vamos continuar, de acordo com a nossa grande consciência, solidários e fraternos. Não vamos nos abater nunca. Caminhemos lado a lado com o próximo, nossos amigos em quaisquer circunstâncias. Ao longo deste ano e dos próximos comemoraremos com grandiosidade todas as VITÓRIAS do SER HUMANO. Em nome da grande espiritualidade que nos une. Com certeza e fé.



Quero continuar escrevendo minhas crônicas, histórias e comentários, melhorando sempre o meu desempenho. Passando pensamentos de auto ajuda para todos. Como este: Para você subir na vida, dois degraus existem de suma importância e são representados por dois verbos – AMAR e SERVIR. Portanto, jamais desanime na escalada dos valores da alma e procure constantemente ser útil a todos e a tudo, para ajudar ao máximo o progresso do planeta que o recebe tão generosamente, auxiliando-lhe a evolução.
Na virada do ano estava em Itanhaém onde mais uma vez pude me deliciar nas praias. Numa delas, a dos PESCADORES, o mar me encanta. É uma praia pequena cheia de casebres e barcos. Diferente da praia do bairro Cibratel I que é imensa. Do alto de um morro cheio de pedras e plantas acostumadas a maresia e ao vento podemos ver toda a sua extensão. Obras de asfaltamento e calçadão estão beneficiando moradores e turistas. Foi linda a tradicional queima de fogos. Fez calor, sol, mas também choveu. Nada impediu a alegria de estar entre parentes e amigos.
Refleti muito com a leitura do pequeno livro “Sabedoria Poética” – Para dar sentido e cor ao viver – que minha irmã me emprestou. O autor, Canísio Mayer é um ex – padre e professor de Filosofia, no Colégio Nossa Senhora de Lurdes, no bairro paulistano do Tatuapé. Com simplicidade fala sobre vários temas e momentos da vida.É Profundo conhecedor do ser humano e dono de uma vasta cultura. Cita passagens de vários escritores e pensadores e destaca a enorme importância da LIBERDADE. E já fazia muito tempo que eu não refletia sobre esse pensamento de Voltaire, entre muitos que Canísio selecionou - Eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê – lo - . O autor afirma “que hoje é dia para ... conhecer mais e viver melhor, olhar mais e servir melhor, escutar mais e compreender melhor”. É fácil ter o livro – WWW.paulus . com. Br. Editoral @paulus.com.br



Li e me deliciei também com uma pequena coletânea de crônicas de Walcyr Carrasco de 1996 imaginem! “O Golpe do Aniversariante e outras crônicas” – Editôra Ática. O próprio autor, hoje super famoso por suas novelas na TV Globo,confessava que “é na loucura cotidiana que ele busca a graça de suas crônicas”. Já naquele ano ele afirmava que não existia fórmula nenhuma para escrever crônicas. “Crônica é um gênero no limite entre a ficção e a realidade. Crônica é uma crônica, ué!” A diferença está no olhar agudo sobre o dia-a-dia.
Deu uma alegria danada ler o livro “Diário de Taubaté – 35 anos de ousadia”, da jornalista Yara de Carvalho, do Diário de Taubaté. No final do ano inaugurou gráfica nova,com a rotativa Zirkon, em parceria com o jornal ADC NEWS, de Paulo Torraca, que supre as necessidades regionais e alavanca o jornalismo valeparaibano. Corajosa, continua o legado do grande jornalista Stipp Jr. De forma coloquial e corajosa fala de um pionerismo e empreendedorismo que nunca faz falta na comunicação de massa. É preciso ousar sempre e relembrar os momentos de uma luta diária que perfaz uma vida. O livro, 600 exemplares, relembra um pouco de tudo, mas as lembranças de Stipp Jr. Em Família nos leva a fortes e saudosas emoções e sentimentos. Somos todos nós jornalistas representados e retratados no livro. Como acentua Pedro Bial “Nunca deixem de usar filtro solar...acreditem”.






O RIO É ILUSÃO




Quase no final de sua vida minha tia Nicinha, depois de ter vivido mais de 30 anos na cidade, dizia que “O Rio é ilusão”. Não se explicar, mas desde criança me sentia atraído pelo Rio de Janeiro. Senti muita raiva na minha adolescência por que a família não me deixou morar na “Cidade Maravilhosa”. Terminada as férias detestava ter que voltar para o interior. Outros familiares afirmavam que “ O Rio é perdição” Nunca entendi direito. Fui e voltei várias vezes, já adulto e o fascínio continuava cada vez maior. De São Paulo só falavam bem. Eu até cheguei a morar um ano lá. Não gostava, nem desgostava. Usufrui o que de melhor a cidade oferecia. EM vivências e cultura.. Trabalhando e estudando prá caramba!
O Rio era diferente, tinha algo mais, com sol ou chuva. Vendo o calorão de 41,7 graus dos últimos dias, senti uma saudade enorme. De Copacabana, do Engenho de Dentro, do Meyer,das Laranjeiras, do Arpoador, da Urca (parecia tão familiar). Fosse anos atrás eu não resistiria ao apelo publicitário com aquele sorrisão enorme da atriz Marília Pêra, convidando “Vem pro Rio, vem!”
Cheguei ainda a andar de bonde. Pegava o da Tijuca até a Lapa e depois, de ônibus, ia para Copacabana. Eu tinha 15 anos quando a capital federal mudou para Brasília. O reboliço ficou bem visível no cotidiano do Rio e em algumas das alegres ( e também inesquecíveis) chanchadas da Atlântida. Muita gente não gostou, mas JK acenava para o futuro desenvolvimentista do país através do slogan governamental “50 anos em 5”, fazer oquê, né! Vi, pela primeira vez, a grande Tônia Carreiro interpretar uma prostituta na peça “Navalha na Carne”, de Plínio Marcos,em 1974. Noite inesquecível, com um amigo, dormi
mos depois num banco da praia, pois já não tiinha mais trem suburbano naquela hora prá voltarmos para Morro Agudo, lá onde Judas perdeu as botas. Lá pelos meus 25 anos, num carnaval carioca, um primo meu, já falecido, expulsou minha tia do pequeno apartamento “Vai, vai,vai prá Jac...vai! e, com uma turma de 15 amigos paulistanos, branquelos e peludos, causou alvoroço no prédio, atraindo a atenção dos moradores para aquele alegre grupo de odaliscas ( ou eram holandesas? Não me lembro mais), se abanando com leques enormes,causando sensação na Banda do Leme, na Banda de Ipanema, no Bar Sovaco de Cobra, na Penha, acreditem! e...olhem só... no baile do Teatro São José, precursor do Gala Gay.



Essa parte os já coroas sobreviventes, amigos do meu primo, não fazem muita questão de lembrar.
O mais puro babado carioca acontecia quando minha tia voltava do interior e nem bem punha a chave na porta do apartamento lá vinham as fofoqueiras de plantão – “ Dona Nicinha, como seu sobrinho e seus amigos são alegres,mmmmuuuiiito aleeeegreeeeessss, né não?! Acostumada a tudo minha tia só respondia, “fazê o quê, minhas filhas, fazê o quê...tô precisando de um dinheirinho. O apartamento estava impecável, sem nenhum resquício da folia e o dinheirinho num envelope em cima da cristaleira.
O assunto rendia até o próximo carnaval, quando de novo minha tia era expulsa, modo de dizer, e lá vinha o prá lá de alegre grupo de funcionários públicos e pequenos empresários paulistanos, branquelos e peludos, fantasiados de freiras desvairadas, carmens miranda badalativas,baianas enlouquecidas, loiras do batuque, etc. Cantando a plenos pulmões “Quanto riso, ó quanta alegria, mais de mil palhaços no salão... ou então “Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é...” O grupo ficou famoso e era convidado para a abertura de vários bailes carnavalescos como os do Hotel Glória, do Copacabana Palace, do Bola Preta e muitos cordões e blocos. O Rio dos anos 60 e 70. Memórias que vão sumindo com o tempo, com o perder das ilusões. Mas que era bom, isso era!!!

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