terça-feira, 30 de novembro de 2010

RECORDANDO – A Galeria dos Presentes –

Os 258 convidados presentes, no jantar – baile em homenagem aos “Jacareienses Ausentes”, na noite de sábado, 27 de novembro,no Hotel Piazza e Restaurante, devem ter prestado muita atenção nos grandes murais focalizando as grandes atrações da cidade de Jacareí, entre os anos 60 e 70 do século passado, onde a nostalgia destes “anos dourados”, fez muita gente recordar prazeirosamente sem a menor sombra de dúvida. Trianon Clube, Esporte Clube Elvira, BEBUM, BAR BRASIL, CENE SILVA PRADO, CHABADO, RIO PARAÍBA e... A GALERIA DOS PRESENTES (onde hoje se encontra a loja RIACHUELO).


Com a proximidade cada vez mais rápida do NATAL é impossível não relembrar a importância dessa casa comercial da família Martins. Até mesmo para gerações dos anos 40 e 50. Crianças e adolescentes sempre sonharam com os presentes dados pelos pais e outros parentes com a “grife” que fez fama na cidade.
As vitrines eram mágicas em todos os sentidos. E o famoso (e gordo) Papai Noel estava no alto da escada a observar o delírio de todos com as novidades eletro - eletrônicas da época. O trem elétrico, o carrinho, o aviãzinho para os meninos e as bonecas mais lindas e cobiçadas e mobílias (casinhas) com todos os utensílios domésticos para as meninas.
A Galeria dos Presentes “era uma festa” o ano inteiro com e principalmente em dezembro. Para as donas de casa tinha de tudo e para presentear aniversariantes, nos Dia das Mães, Dia dos Pais e casamentos, era lá o templo da alegria, do bom presentear. A criançada fazia a maior algazarra e ficava fascinada e extasiada olhando as vitrines e o trenzinho a correr nas curvas dos trilhos, com luzinhas coloridas e tudo mais.
Eram presentes caros, nem todos podiam comprar, mas o crediário facilitava tudo em suaves prestações. Como não sonhar com o narizinho apertado nas vitrines!”. Vai desagradar uma criança assim!. Por isso a Galeria dos Presentes ficará para sempre em nossos corações, em algum lugar além do Arco Íris.


Ah! Já ia me esquecendo. O jantar- baile foi preparado com todo esmero e requinte. Foi um a recepção de GALA, onde todos puderam se reencontrar e recordar, com muita emoção e alegria. Alguns não puderam vir, mas se justificaram. A música da época acabou levando todos à informalidade. Foi muito, muito bom dar um tempo aos nossos corações um pouco endurecidos pela vida. VALEU! Até o próximo evento. Sugestão: organizar grupos de viagens pelo Brasil e Exterior. QUE TAL ???

TEATRO
No dia 27 de agosto de l994, um sábado, a peça teatral OS FUZIS DA SENHORA CARRAR, de Bertold Brecht, foi encenada na escola Estadual Dr. João Victor Lamanna, no Jardim Panorama, pela Cia. Extrema Profana, com direção de Guarãnah Ramos. A ação se passa em 1937, durante a Guerra Civil Espanhola. A temática é pacifista. Foi uma das grandes noites de teatro na cidade.

Todo o elenco da peça foi aplaudido de pé. O entusiasmo dos jovens atores surpreendeu até mesmo moradores simples do bairro e vizinhanças que, provavelmente, nunca tinham assistido a uma peça teatral. “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfrancesco Guarnieri, também foi encenada na escola, em 1998, e que contou com o grande sucesso de público.

DICAS PRÁTICAS PARA MELHORAR A SUA MEMÓRIA
A memória também precisa de exercícios para se manter em forma:
“É importante estimular o cérebro com atividades intelectuais, que podem ser: ler um livro, aprender algo novo, fazer um curso, acompanhar os acontecimentos da atualidade. Ou ainda exercitá-lo com jogos que exigem que você pense. Não se esqueça também: tenha um estilo de vida saudável, a boa memória depende de uma dieta balanceada, evitando cigarros, álcool, remédios para dormir, fazendo exercícios regulares e tendo 7 a 8 horas de sono por dia.”
Para obter mais informações faça uma pesquisa online a respeito desse tema.
Dicas dos drs. Michael Freedman e Rubens da Fraga Jr.

FRASES

“Os escritores têm mania de reclamar, vivem se lamentando. Machado de Assis era preto, pobre, gago, epiléptico e nunca perdeu o humor.Os escritores têm que ter humor”



Lygia Fagundes Telles, 87 anos, na abertura da 5ª. Edição da Balada Literária, na Livraria da Vila Madalena, no dia 18 de novembro, quinta–feira, sob intensos aplausos. Entre outros romances, Lygia escreveu “As Meninas”, que todos deveriam ler.


“Israel tem em seus presídios mais de 6 mil civis palestinos, (incluindo crianças), a maioria deles sem acusação formal ou mesmo processo judicial as con sequências disso, para a Palestina e para o mundo, não valem um debate no Conselho de Direitos Humanos da ONU – Organização das Nações Unidas?”
Arlene Clemesha e Bernadette Siqueira Abrão in Tendências/Debates - Folha de SP- 4 de nov. 2010

“Assim eu quereria meu último poema – Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais. Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas. Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume. A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos. A paixão dos suicidas que se matam sem explicação” – MANOEL BANDEIRA – poeta –



“As pessoas têm de se respeitar” – EVA SCHLOSS, 81,austríaca, sobrevivente do Campo de Concentração de Auschwitz-Birkenau, em palestra, no dia 18 de novembro,na favela Paraizópolis, em SP para 120 manos e minas do CEU – Centro Escolar Unificado. Falou sobre a experiência de exclusão radical que viveu durante a segunda Guerra Mundial, sob o regime nazista.



“Uma vez exercido o voto, pressupostamente resultante de consciência bem formada, impõe-se a necessidade de seguir a atuação dos eleitos” – Dom Fernando A. Figueiredo, 70, bispo da Diocese de Santo Amaro – SP.

“Desconfio de quem diz não dar valor ao dinheiro; normalmente se trata de uma falsa santidade... Só quem abre mão da própria vida está acima do dinheiro, o resto é conversa mole...” – Luiz Felipe Pondé na crônica “Patético” – Folha Ilustrada, de 4 de novembro de 2010

“O embate entre o obscurantismo medieval e a sociedade tecnológica de agora não é privilégio do Brasil; o mundo inteiro enfrenta uma, guerra santa. Somos todos um bando de Hamlets na Babilônia – Fernanda Torres, atriz.

“A necessidade de mostrar ao mundo um semblante feliz é uma das grandes fontes de infelicidade”, Contardo Calligaris, na crônica “Felicidade nas Telas”, onde critica as trivialidades dos usuários do Facebook, publicada na Folha Ilustrada, de 23 de setembro de 2010.

...A Internet foi a primeira grande revolução da minha existência literária. Mas o livro eletrônico será a segunda ao introduzir a mais importante divisão intelectual da vida...” – João Pereira Coutinho, na crônica “As minhas traições”, na Folha Ilustrada, de 5 de outubro de 2010, onde analisa o impacto causado pela introdução, no mundo digital, do livro eletrônico, o E-Book.

“É INCRÍVEL, É FASCINANTE, É ASSUSTADOR, É REAL, NÃO É O FUTURO. É O PRESENTE ”. Marion Strecker, na crônica “Brasil nu e cru aos olhos do mundo”, na FI de 21 de outubro, de 2010, analisando o impacto causado pelo Google Street View, última novidade tecnológica virtual da Internet



SHOW DE PAUL MACARTNEY, EM São Paulo




Hey, Jude, don't make it bad,
Take a sad song and make it better.
Remember to let her into your heart,
Then you can start to make it better.

Hey, Jude, don't be afraid,
You were made to go out and get her.
The minute you let her under your skin,
Then you begin to make it better.

And anytime you feel the pain,
Hey, Jude, refrain,
Don't carry the world upon your shoulders.
For well you know that it's a fool
Who plays it cool
By making his world a little colder.

Da da da da da da da da da.

Hey, Jude, don't let me down,
You have found her, now go and get her.
Remember to let her into your heart,
Then you can start to make it better.

So let it out and let it in, hey Jude, begin,
You're waiting for someone to perform with.
And don't you know that it's just you,hey Jude you'll do,
The movement you need is on your shoulder.

Da da da da da da da da da.

Hey, Jude, don't make it bad,
Take a sad song and make it better.
Remember to let her under your skin,
Then you begin to make it better...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

MARTHA, A SERRA, O MAR E O AMOR


A estação de Barra do Pirahy, no Estado do Rio, entroncamento da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil ficou para sempre na memória daquela então adolescente mineira de 17 anos, Martha, a caminho de São Paulo e pela primeira vez longe de casa em busca da felicidade e um lugar ao sol. Era junho de 1944, um sábado, seis horas da manhã. Tinha saído de Belo Horizonte no trem noturno, na sexta –feira, por volta das 23 horas. Na parada do trem para fazer baldeação, notou que um jovem,vindo da capital federal, olhou sorrindo para ela e embarcou no mesmo vagão, quatro fileiras à frente.
Martha ficou um pouco desconcertada quando ele passou, tirando o chapéu num aceno cordial, início de um galanteio que, naquela época,sempre dava início a um namoro. Martha, que praticamente tinha “fugido de casa", por não ver muitas perspectivas em Minas para uma normalista recém formada, jamais poderia imaginar que começava ali a ser traçado o seu destino. Estava com um pouco de medo, mas agora sua vida era um caminho sem volta.
A pretexto de pegar um sanduíche no carro restaurante, Isaurino, era esse o nome do rapaz, puxou conversa com a sonolenta Martha. A conversa foi se animando aos poucos e cada um acabou falando da vida, projetos e sonhos. “Então, amigos para sempre?” perguntou o jovem. “Sim”, disse ela, embora um pouco tímida, percebendo o jeito meio arrastado de falar do jovem.
Isaurino desceu em Pindamonhangaba. Tinha de voltar ao campo de concentração “à la brasileira”, montado pelo Estado Novo do governo getulista para abrigar a tripulação e os passageiros de origem alemã do “Windhurk”, navio procedente de Hamburgo e que acabou preso em Santos pelas autoridades, em 1942, assim que o Brasil declarou guerra ao regime nazi-fascista e ao Império japonês, ficando ao lado dos aliados finalmente.

O enorme barco deveria ter seguido viagem com destino final em Buenos. Mas o mundo estava em guerra contra o Eixo: Alemanha, Itália e Japão.
Isaurino, que trabalhava na cozinha do navio, tinha pedido permissão para ir ao Rio onde tinha uma senhora conhecida de sua mãe na Áustria, antes da guerra, que trabalhava na cozinha dos hotéis Glória e Copacabana Palace como chef e confeiteira. E já estava “fazendo a América” pelo seu conceito e esmero no preparo de pratos deliciosos. Já era famosa a ponto de ser requisitada também pelas famílias Guinle, Marinho e Mayring Veiga, entre outras, para preparar banquetes nababescos e inesquecíveis aos seus convidados brasileiros e do Exterior.
Frida,seu nome, tinha um porém, não suportava as maneiras grosseiras do pré – adolescente Jorginho Guinle, que já se preparava para ser o conhecido e badalado "Playboy”, que, durante uma visita da famosa “Gilda”, do cinema, aprontou horrores no Rio, em l959. Tentou corrigí –lo, mas...

Em uma semana o jovem Isaurino aprendeu muita coisa que iria servir para sua vida profissional. Com o final da guerra se aproximando qual seria o novo destino de milhões de pessoas que ficaram sem suas pátrias e tinham sentido no corpo e na alma o desalento cruel do conflito que também fez muitas vítimas fatais.
Ao seguir viagem, Martha ficou pensando um pouco no jovem. “Um pouco ousado” para o seu gosto. De sua parte, Isaurino, em Pinda, também pensava na jovem. Em Belo Horizonte, antes de embarcar, Martha tinha assistido ao filme de sucesso na época – “A Ponte Waterloo”, com Robert Taylor e Vivien Leigh e, romântica que era, chorou com o cruel destino da jovem bailarina clássica que morre ao atravessar a ponte, a procura do namorado, um militar, numa Londres sob intenso bombardeio dos aviões inimigos.



Martha tinha grande sensibilidade e se condoía com o sofrimento de todos. Era um dos traços de sua personalidade. Nas poucas aulas eventuais que tinha dado na perifeira de BH já tinha percebido o abandono em que viviam os moradores que, muitas vezes, não tinham nem o que comer em seus casebres.
Começava a se formar a sua consciência social que se aprimoraria ao longo da profissão de professora na capital paulista. Nem sempre em colégios da elite. Mas em escolas de bairros populares como Vila Carrão e na distante Itaquera, reduto de muitos migrantes nordestinos, os chamados “paus de arara”, porque vinham amontoados na carroceria de caminhões, viajando durante dias e dias, em busca também de um lugar ao sol em SP.
O destino outra vez. No Dia da Vitória, “V”, Martha foi com as outras irmãs ao Rio aguardar a chegada dos irmãos e assistir ao grande desfile dos Expedicionários que tinham ido lutar na Itália. A Avenida Rio Branco estava lotada, desde a praça Mauá até na Cinelândia. O Rio e o Brasil eram uma única festa. Embora muitos pracinhas não sobreviveram e muitas famílias ficaram enlutadas. Seus irmãos Valdir, Osmânio ( o único que voltou com neurose de guerra) José, Luís e Eurico estavam de volta. Era grande a euforia. E foi ali, na multidão que comemorava, que Martha viu de novo, quase um ano depois, o jovem Isaurino. Com a permissão das outras irmãs começou ali a namorar.
E foi num bar da Lapa, com os irmãos, entre muitas histórias dos campos de batalha e copos de cerveja, que a mão de Martha foi pedida pelo “ousado” jovem, na encruzilhada da vida, na circunstância do pós – guerra, em que todos estavam meio que perdidos pelo mundo afora... Os irmãos dela até que gostaram daquele rapazola loiro assim, logo de cara, que passaram a chamar de “alemão batata”, como cunhado o resto da vida. É que a mãe deles, dona Francisquinha já tinha morrido e o pai já estava de “rabo de saia”, com outras, mulherengo que era.. Assim era preciso que as moças da família precisavam logo se casar. Exemplo: a mais jovem, Eneida, acabou se casando com um “homem mais velho “ de família de Niterói e que tinha estudado num Colégio Salesiano, de rígida formação religiosa e moral. Foi morar numa cidadezinha paulista para sempre.

Acabada a festa todos voltaram para suas cidades de origem. Martha e Isaurino ficaram em Pinda, morando inicialmente numa pensão familiar. Aprenderam do amor, a sua magia, respeito e sinceridade. Nunca mentiram um para o outro. Martha dizia, muitos anos depois, que era um “eterno namoro”. Como professora pediu transferência para a cidade e acabou lecionando também em Campos do Jordão, viajando alguns dias da semana no bondinho que subia e descia a serra. O casamento, na verdade, foi formalizado, com as duas famílias, só dez anos depois. Os pais de Isaurino, que tinham sobrevivido à guerra, vieram para o Brasil também, assim como outros parentes.
Martha e Isaurino tiveram quatro filhos: Bil, Tito, Doca e Ilídia Entre aulas e preparo de pratos o casal acabou abrindo o mais famoso restaurante da “Suiça Brasileira” até hoje. Doces e salgados que fizeram a fama do ex- cozinheiro do “Windhurk”.


A torta de maçã alemã e os doces e bolos suiços, bem como o bolo e pavê de morango e a torta de framboesa negra e mertilo fizeram ainda mais a fama do restaurante e da pousada rodeada de ciprestes e pinheiros. Chega-se até lá por uma alameda cercada de hortênsias.

A framboesa negra e o mertilo passaram a ser cultivados em três pequenos sítios da família nas encostas de Santo Antonio do Pinhal, Sapucaí Mirim e São Bento do Sapucaí, com a ajuda dos filhos e netos. Isaurino e Martha chegaram a ceder a pousada para a atriz Cacilda Becker e o elenco e técnicos durante as filmagens de “Floradas na Serra”, nos an os 1950. Pouco antes de morrer a estrela da Vera Cruz e diva do teatro paulistano ainda encomendava a famosa e deliciosa torta . No Dia dos Namorados o restaurante e a pousada ficam cheios.Com a fama crescente, muita gente famosa e nem tanto passaram pelo local.
Alguns anos atrás, Isaurino discretamente chamou Martha pelo carinhoso apelido “ô minha Nêga, acho que está chegando minha hora...” Morreu calmamente, dias depois, sentado na cadeira de balanço, ouvindo, como tantas vezes, quando sentia saudades de sua terra natal, “Lili Marlene”, na voz de Marlene Dietrich , o “Anjo Azul”, num velho disco.

Martha, vivendo sempre na Serra, mudou-se para Monte Verde, ficando isolada durante dois anos após a morte do marido. Um dia, chamou a filha Ingrid e o filho Germânio e disse “quero ver o mar, o mar...” Quase como uma obsessão. Foi dolorosa a descida até Caraguatatuba.

Perdida em pensamentos desconexos, chamava por Isaurino, pelos pais e por fantasmas que sua mente foi fabricando. Os filhos só falavam, “calma, mamãe, calma...”,chorando muito. Afinal Martha foi amada por todos eles e por muita gente que a conheceu ao longo da vida, por sua extrema delicadeza e trato com as pessoas.
Numa praia deserta, na Ponta das Canas,em Ilhabela, rodeada pelos filhos, netos e bisnetos e um grupo de frequentadores assíduos do restaurante e da pousada, Martha, com o olhar perdido nas ondas do Atlântico, numa tarde fria de junho, foi ficando em silêncio, em silêncio, em silêncio...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sobre a Morte e o Morrer (Rubens Alves)

"Quem nos fascinou assim, para termos um olhar de despedida em tudo o que fazemos?"( Rainer Maria Rilke)

"O tempo passa,
Não nos diz nada.
Envelhecemos.
Saibamos, quase
Maliciosos,
Sentir-nos ir...
Colhamos flores.
Molhemos leves
As nossas mãos
Nos rios calmos,
Para aprendermos
Calma também".
(Ricardo Reis)

A Hora Intima



Quem pagará o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores ?
Quem, dentre amigos, tão maigo
Para estar no caixão comigo?
Quem, em meio ao funeral
Dirá de mim: Nunca fez mal
Quem bêbado, corará em voz alta
De não me ter trazido nada?
Quem virá despetalar pétalas
No meu túmulo de poeta?
Quem jogará timidamente
Na terra um grão de semente?
Quem elevará o olhar covarde
Até a estrela da tarde?
Quem me dirá palavras mágicas
Capaz de empalidecer o mármore?
Quem oculta em véus escuros
Se crucificará nos muros?
Quem macerada de desgosto
Sorrirá: Rei morto, rei posto...
Quantas, debruçadas sobre o baratro
Sentirão as dores do parto?
Qual a que branca de receio
Tocará o botão do seio?
Quem, louca, se jogará de braços
A soluçar tontos soluços
Que há de despertar receios?
Quantos, os maxilares contraídos
O sangue a pulsar nas cicatrizes
Dirão: Foi um doido amigo...
Quem, criança, olhando a terra
Ao ver movimentar-se um verme
Observará um ar de critério?
Quem, em circusntâncias oficial
Há de propor meu pedestal?
quais os que, vindos da montanha
Terão circunspecção tamanha
Que eu hei de rir branco de cal?
Qual a que, o rosto sulcado de vento
Lançara um punhado de sal
Na minha cova de cimento?
Quem cantará canções de amigo
No dia do meu funeral?
Qual a que não estará presente
Por motivo circunstancial?
Quem cravará no seio duro
Uma lâmina enferrujada?
Quem, em seu verbo inconsútil
Há de orar: — Deus o tenha em sua guarda.
Qual o amigo que a sós consigo
Pensará: — Não há de ser nada...
Quem será a estranha figura
A um tronco de árvore encostada
Com um olhar frio e um ar de dúvida?
Quem se abraçará comigo
Que terá de ser arrancada?
Quem vai pagar o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?

Rio, 1950


Texto extraído do livro "Vinicius de Moraes - Poesia Completa e Prosa", Editora Nova Aguilar - Rio, 1998, pág. 455.

Conheça a vida e a obra do autor em "Biografias".

Obs: Na oportunidade da realização do II Festival da Cultura Negra " Profº José Símplicio", que está sendo promovido pela Fundação Cultural de Jacarehy José Maria de Abreu, até o dia 28 de Novembro de 2010 no MAV e sala Mário Lago, postamos aqui uma singela homenagem ao saudoso mestre.

"A Hora Íntima", de Vinicius de Moraes e "E Agora José?" e "A morte do Leiteiro" de Carlos Drummond de Andrade, eram alguns de seus poemas preferidos.

sábado, 6 de novembro de 2010

Em Breve...

...VIVA A VARANDA VIVA....

Aguardem!

A Paz.. é logo ali...

Fui visitar o Viveiro Municipal de Jacareí e me encantei com a grande variedade de árvores frutiferas, ornamentais e medicinais. Logo na entrada as raízes de uma grande árvore é a atração principal ao lado da Farmácia viva com todo tipo de plantas para chás, trouxe de lá mudas de cereja, pitanga, carambola, ameixa jabuticaba, uvaia

(que dá um suco divino ) e cabeludinha (?). Será que o nome é esse mesmo?. Uma funcionária afirmou que sim e estava colhendo algumas bem maduras (amarelinhas) para fazer um suco que ela garantiu ser muito delicioso, é esperar pra ver!
é uma fruta exótica sem muitas referências... trouxe também mudas de hortelã e rabinho de raposa que é ornamental. Existem monumentais bambus rei e uma trilha que pode se dizer um caminho relaxante por meio da Mata Atlântica. Um jardim com bancos que garante um repouso ideal para uma boa leitura ou simplesmente desfrutar dos cantos dos pássaros e refletir a vida. Um casarão da década de 1920 esta sendo restaurado para manter a sua sobriedade arquitetonica. O local é bem cuidado por funcionários da Secretaria do Meio Ambiente e recebe a todos com muita cortesia e explicações. Semanalmente há palestras e cursos destinados á preservação da natureza.
O local proporciona um reencontro com a paz tão necessária no mundo atual e com a coscientização ecológica mais do que necessária.

Viveiro Municipal de Jacareí
Visitas monitoradas, direcionadas a grupos de estudantes e à terceira idade, devem ser agendadas pelo telefone (12) 3953-3917.
Endereço:
Rua Theófilo Teodoro Rezende, n.º 39 – Campo Grande – Jacareí – São Paulo – SP
Entrada gratuita


Bolo de Fubá de Liquidificador

3 ovos

1/2xic. de óleo

1 xic. de açúcar

1 xic. de farinha de trigo

1xic. de fubá

1 xic. de leite

1 colher de sopa de fermento

1 pacote de quiejo ralado ou um pouco de leite de coco e erva doce


BATER POR 6 MINUTOS NO LIQUIDIFICADOR E ASSAR EM FORMA REDONDA PEQUENA E UNTADA POR 20 MIN. +OU -.



FICA DE-LI-CIO-SO!

Das antigas

Na última revista BUZZ, edição 12, o jornalista Mauro San Martin entrevistou o professor José Carlos Cruz de 85 anos, um dos ícones da educação em Jacareí. Lecionou por toda uma vida no antigo Colégio Siilva Prado. Excelente matéria, leiam e reflitam sobre a educação.
A revista já está completando 1 ano de muita batalha pela comunicação de qualidade.

Sonhar ( Helenita Scherma )

"...Sonhar é necessário. Mas sonho com acabeça nas nuvens e os pés no chão. É preciso resgatar o romantismo para sobreviver à mecanização dos atos. Mesmo com os pés no chão, o coração precisa de asas. Nunca me prendi a nenhum estilo litarário; gosto de me deixar guiar pelo meu estado de espírito. Escrever para mim é uma necessidade..."
Trecho do prefácio do livro:" CANÇÃO DOS SONHO ACABADO & OUTROS POEMAS".


A Emblemática série Clandestinos da TV Globo resgata os sonhos de uma juventude em busca de um lugar ao sol no mundo artístico.

A Rede Globo estreou na última quinta-feira, dia 4 de novembro, logo após “A Grande Família” a série Clandestinos – o sonho começou. A produção de sete capítulos conta as histórias de jovens de diferentes lugares do Brasil que sonham com o sucesso. Inspirado nos relatos de vida de 17 atores selecionados em um teste de elenco, João Falcão escreveu esta trama que aproxima realidade e ficção. Fábio (Fábio Enriquez) é autor e diretor de teatro e resolve fazer uma audição para sua próxima peça. Para isso, conta com a ajuda de sua fiel assistente e produtora, Elisa (Elisa Pinheiro). O casal enfrenta dificuldades de montagens, orçamento, dilemas de diretor/autor e produtores de uma maneira divertida e poética. Esta é uma história “sobre esses moços e moças que sonham nessa cidade esse sonho de ser artista”. A fala de um dos personagens da série apresenta com propriedade o tema do programa que vai além da arte e fala a todos da jornada seguida pela juventude em busca de seus objetivos.

A história surgiu quando João Falcão escutava relatos de jovens que buscavam em um teste para o teatro o ponto de partida para o sucesso. A peça virou sucesso de público e crítica, ganhou os prêmios APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro) de melhor autor, Qualidade Brasil de melhor direção em comédia e agora ganha adaptação para a TV . Depois de contar suas histórias em uma trajetória de sucesso no teatro, o mesmo grupo de atores foi escolhido por João Falcão para a adaptação em TV. “Eu queria pessoas que estivessem representando algo que eles estariam vivendo de verdade”, explica João. Embora estreantes em televisão, a diretora Flávia Lacerda garante que não houve dificuldades na hora das gravações: “Eles são excelentes atores, o que torna mais fácil o ajuste para a mídia televisiva. Até porque eles já tinham essa longa vivência dos personagens”, garante.

À procura de uma história

Fábio (Fábio Enriquez) é autor e diretor de teatro e resolve fazer um teste de elenco para sua próxima peça. Sem história, orçamento ou um planejamento, ele publica uma convocação para audições na internet. O chamado acaba surtindo um efeito melhor do que o esperado: um mar de gente formando uma fila na porta do teatro na hora do teste. Jovem muito sonhador e idealista, Fábio (Fábio Enriquez) conta com sua fiel assistente e produtora, Elisa (Elisa Pinheiro), para ajudá-lo a tomar decisões e organizar suas ideias. Como os dois já viveram um romance no passado, suspeita-se que a motivação do convite seja mais do que profissional.

Os candidatos ao teste são verdadeiros personagens de mundos muito diferentes, mas com algumas semelhanças: jovens que acreditam no seu talento e alimentam o mesmo sonho de viver da sua arte.

A história destes moços e moças

Já na fila formada à porta do teatro, é possível conhecer um pouco mais sobre a história de cada um dos candidatos. Eduardo (Eduardo Landim), por exemplo, tem 17 anos e foi criado por sua avó, que é a sua maior preciosidade e está muito doente. Persistente, busca uma saída para os papéis estigmatizados para negros para os quais ele sempre foi escolhido, desde a época de teatrinho da escola.

A mineira Adelaide (Adelaide de Castro) vem de uma família humilde. Saiu de Três Rios com o dinheiro contado apenas para fazer o teste no Rio de Janeiro. Dotada de um olhar romântico em relação à cidade, tem a certeza que vai esbarrar com Fábio Assunção assim que pisar lá. Já as gêmeas Giselle (Giselle Batista) e Michelle (Michelle Batista) enfrentam um dilema de querer conquistar carreiras independentes e deixarem assim de ser “a mesma pessoa”. Conhecidas pelo papel que interpretaram em ‘Malhação’ como irmãs gêmeas, já tentaram ser diferentes, mas quanto mais tentam se distanciar, mais sucesso fazem juntas.

Ao longo dos episódios, serão mostradas outras realidades. Como a de Junior (Junior Vieira), jovem ator negro, filho de diplomata. Viveu muito pouco no Brasil, mas deseja interpretar um verdadeiro bandido em cena e vai convencer Fábio (Fábio Enriquez) de seu talento de uma forma bem convincente. Já a nordestina não assumida Chandelly (Chandelly Braz) vem para o Rio sonhando com o sucesso e acredita que só aprendendo o sotaque carioca vai conseguir seu espaço como atriz. Ela trabalha em uma lanchonete onde conhece Edmilson (Bruno Heitor). Ele se apaixona pela moça de Olinda e vai fazer de tudo para realizar seu desejo, até ensiná-la a falar “carioquês”.

Fábio (Fábio Enriquez) consegue reunir também pessoas com os mais diversos talentos, como é o caso de Marcela (Marcela Coelho). Do interior de Minas, ela saiu de casa para estudar teatro e seu forte está nos musicais. O mesmo vale para o baiano “branquinho”, Emiliano (Emiliano D´Ávila), que é fã de Daniela Mercury e sabe dançar axé, jogar capoeira e mexer com as mulheres como ninguém.

Encontros inesperados

A cada teste, Fabio fica mais ansioso por novos relatos de vida e Elisa (Elisa Pinheiro) mais aliviada pela previsão de fim das audições. Para surpresa do diretor, alguns personagens de seu passado responderão à convocação de elenco. Um deles é Hugo (Hugo Leão), amigo com quem contracenou no teatro na época de escola, em Brasília, e de quem acababou se afastando por motivos que ele prefere não revelar.

Fábio (Fábio Enriquez) também irá rever uma ex-namorada da época de faculdade, Nanda (Nanda Costa). A ideia de fazer uma peça sobre atores iniciantes foi compartilhada com ela, no passado, mas ficou esquecida a partir do momento em que ela passou em um teste para televisão que acabou separando o casal. A presença da atriz irá abalar o diretor e instigar o ciúme de Elisa (Elisa Pinheiro).

Outra surpresa será o reaparecimento de Luana (Luana Martau), que foi apresentadora mirim de um programa de TV quando tinha 11 anos e dividia o palco com alguns meninos, um deles era o Fábio (Fábio Enriquez). Desequilibrada, ela culpa-o pelo declínio de sua carreira que começou no dia em que ele recusou o convite para ser seu par, ao vivo, no programa infantil. Convicta que este é o motivo de seu fracasso, ela retorna para cobrar dele um papel que vai trazê-la de volta aos holofotes, e usará de métodos nada convencionais para convencê-lo a cumprir seu desejo.

Os últimos serão os primeiros

Outro teste nada convencional será o de Alejandro (Alejandro Claveaux), que se incomoda por, após interpretar um modelo em uma novela, ter ficado estereotipado pelo público. Ele é capaz de fingir ser gago e até mesmo forjar uma amnésia para provar a Fábio (Fábio Enriquez) e Elisa (Elisa Pinheiro) que não é ator de um papel só. Já Renata (Renata Guida) é uma paulistana que veio para o Rio escalada para protagonizar uma novela, mas não chegou a gravar uma cena sequer. Sua vontade é voltar para o teatro alternativo, mas seu pai, um político milionário, utilizará suas facilidades para mudar os planos da filha.

Ao contrário de Renata, Deborah (Deborah Wood) tem o apoio de seu pai para tudo. Ele é o maior incentivador da filha para seguir a carreira de atriz. Contudo, Deborah está cansada de fazer papel de gordinha hilária e sonha em interpretar a mocinha. Em paralelo, um ator em crise comparece ao teste apesar de todas as dificuldades que sua vida impôs à sua profissão. Esse é Pedro (Pedro Gracindo), que, diante da surpresa de uma gravidez não planejada de sua esposa, acabou deixando sua profissão de lado para tornar-se pai e “dona-de-casa” por tempo integral. Com o tempo, ele passa a achar a profissão de médica seguida por sua mulher muito mais importante que a sua, mas ela não vai deixar que ele abandone seus sonhos com tanta facilidade.

O Cenário

A cenógrafa Márcia Inoue conta que teve uma grande liberdade para experimentar um olhar diferente, não convencional, neste programa. Como a série tem um aspecto realista muito forte, eles recriaram o palco do Teatro Glória, o mesmo usado no teste de elenco para a peça ‘Clandestinos’, em 2008. Partindo daí, os recursos foram ficando mais elaborados, como o uso de maquetes e escalas, utilizando referências do filme ‘A Máquina’, e cenário virtual em 3-D. Para contar a história de cada personagem, foi utilizada uma mistura de trabalho manual e recursos tecnológicos, com a intenção de criar um clima romântico que traduzisse o ponto de vista do diretor da peça, que ouvia e imaginava a saga de cada um dos personagens que se revelava durante o teste. A construção de cada perfil foi feita de maneira diferenciada, como por exemplo o teatro do personagem Pedro, que era de papel e o de Renata, que era uma ilustração.

A Caracterização e o Figurino

A caracterizadora Mary Help conta que trabalhou em parceria com o figurinista Antonio Medeiros para criar um trabalho harmonioso. As referências ele conta que vieram de estudos da moda usada na rua das grandes cidades do mundo todo, como Amsterdam, Londres, Paris e até Xangai. “As ansiedades e pulsações dos jovens daqui não são diferentes dos de outras partes do mundo. Eles estão muito interligados”, explica Antonio. Já Mary comenta os desafios de caracterizar alguns dos atores em diferentes idades de seu personagem, como é o caso de Fábio que, em flashbacks, revive seus 13 anos, a adolescência em Brasília e depois, já mais velho, na faculdade estudando teatro.

“Nesses momentos, contamos muito com a parceria dos atores e neste caso foi ótimo, pois o Fábio concordou em usar uma peruca, raspar a cabeça e até fazer um corte estilo Menudos”, lembra a caracterizadora. João Falcão forneceu muitas informações sobre os personagens para a dupla, o que ajudou na composição de cada um deles: “Ele gostava e opinava, às vezes mudava o texto em função da caracterização. O que é muito gratificante para nós”, conta Mary.

A Trilha Sonora

Música é personagem importante em ‘Clandestinos – O Sonho Começou’. Começa com um Belchior de 1976 revisitado pela clandestina banda Vermelho 27 em arranjo concebido por Robertinho do Recife. “Apesar de muito moço, me sinto são e salvo e forte”, diz um verso de Sujeito de Sorte. “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”, diz um outro.

A série tem ainda mais nove canções produzidas especialmente por Ricco Viana, parceiro de João Falcão no teatro (“O pequeno Príncipe”, “Mamãe Não Pode Saber”, “Clandestinos – a peça”), e de João Falcão e Flávia Lacerda na Televisão (‘Sitcom.br’, ‘Dó Re Mi Fábrica’, ‘Laços’).

Tem Laila Garin, clandestina baiana, cantando “Se Eu Quiser Falar Com Deus”, de Gilbert Gil, e, vestindo apenas a guitarra de Carlos Martau, clandestino gaúcho de longa data, ela canta “Banho de Piscina”, de João Falcão. Tem Luana Martau, filha de Carlos, a Mirinda da série, cantando mais duas de João Falcão: “Fadinha da Paz”, antigo hit do seu personagem, e “A Outra Metade do Blues”, tema de Fábio e Elisa. Tem “Glass Morning”, de Coy Klark, clandestino carioca em Los Angeles sobre o piano de Toninho Van Han, do Rio Grande do Sul. Tem Bruno Heitor, do elenco, fazendo cello de contra-baixo em “You Don’t Know-me”, de Eddy Arnold e Clint Walker, Clarice Falcão cantando “I’m Nobody” dela mesma e “Ar de Chique” pelas clandestinas Luana Martau, Laila Garin e Elisa Pinheiro. Além de “Quem Quer Comprar Meu Samba”, de Ricco e João pelos Clandestinos do elenco.

No Primeiro episódio a música "Se eu quiser falar com Deus" de Pedro Mariano interpretada pela atriz Laila Garin, clandestina baiana, nos remete também a uma uma interpretação de Elis Regina em 1.979 que pela sua enorme sensibilidade, vale a pena conferir no Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=tWuQc7W0O-A

Se Eu Quiser Falar Com Deus
Pedro Mariano
Composição: Gilberto Gil
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Passeio "ecologico" ( Por Jessé Souza)

O Mundo acorda para um novo despertar, agora é a hora!!!
"AGORA É A HORA!"...
Como viver respeitando o meio Ambiente?
Após longos anos sendo consumido pelo produtos baratos e descartáveis, agir com prudência nos influencia em vários parametros de nossas vidas.

Lembro-me da infância, do cheiro de terra molhada, do úmido do barro amassado pelos pés, lembro das ervas, dos chás que a vovó fazia, para curar as dores...
O mundo era simples e farto, a roça nos ensinava o sentido da vida:"o de viver em comunhão com a natureza", a longos 15 anos que eu não tinha essa experiência... o de sentir o gosto da vida!
Quem não sente vontade ou saudade da terra, da natureza, da Vida????

Pois é, revivi no "Viveiro Municipal", num rápido passeio, mas cheios de lembranças e histórias, onde a paz encheu não só a minha alma mas também os olhos. E você percebe que a vida vale a pena!

Salta no peito um desejo incontrolável de viver, de voltar "as raízes", largar tudo para trás e ser o defensor da natureza...
E é engraçado como um passeio como este pode mudar muita coisa em nossa concepção de vida?
Será uma mensagem Divina?

Agora é a hora, comece por você, faça a diferença?
Assim vou nessa trilha.