domingo, 11 de novembro de 2012
O AMOR SEMPRE VENCE
1928; na Fábrica de Meias Victória, no Brás. A tecelã Catarina amava, escondida, o seu jovem patrão, Abdel, filho do dono, recém chegado do Líbano. Amor correspondido, mas com barreiras de preconceito. Tudo muito novo para o jovem imigrante que veio decidido em “fazer a América” no Brasil. Enquanto rolava o romance secreto dos dois pombinhos os teares zuniam num ritmo frenético dia e noite tecendo meias e mais meias pois “São Paulo não pode parar”, dentro desta sinfonia industrial ininterrupta, marca registrada do chamado progresso paulista. Pelo mundo afora o amor também não pode esperar.
Mesmo no recôndito de algum almoxarifado, naquela Paulicéia desvairada retratada por Mário de Andrade nos anos 20, no ritmo do Charleston e da fama de imigrantes bem sucedidos como os Matarazzo. Anos depois, em 1954, no 4º. Centenário, vamos ver o casal de amantes donos de um verdadeiro e grandioso império fabril, morando num dos mais elegantes apartamentos da Avenida Paulista, freqüentando o “must” da alta sociedade paulistana quatrocentona.
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