“Nem sempre se dá na dimensão da busca. Procurar transcende, às vezes, o próprio passo, ou se esconde num silencioso segundo de ausência. A queda, só é ela mesma, só pode ser real e total. Quando até o fundo vamos à procura do homem finito.Homem finito! É preciso alcançar a eternidade. Para se voltar aos próprios limites e conhecê-los! É preciso chorar de amor, um dia experimentar os beijos cálidos cheios de sol. Ou morrer ante as ondas do mar. A busca que se dá inversa no sentido do olho dentro do espelho.
No sentido da dor que há nos lábios que nos sorriem. No sentido de um longo e preguiçoso bocejo à margem da vida. No sentido das mãos abertas ou nos punhos que desafiadoramente lançamos ao universo. A procura é cumprida e revelada quando um mais um não fazem um. Mas fazem estradas que se dão a passos famintos de caminhar.”
Texto de Lizete Mercadante, de 9 de abril de 1969.
Peço licença a ela para publicar aqui. E dizer que ao longo destes 4l anos percorremos sim famintos, muito famintos em busca de estradas que nos levassem ao significado de todos nós e de todas as coisas deste mundo. Famintos e sedentos. Nunca saciados até hoje, embora completos. Buscamos conhecimentos, identidade, lugares, gentes, ternura desmedida, amor enfim...
Jovens percorremos ruas noturnas de nossa cidade e colhemos flores pelos canteiros da imensa solidão de todos nós. Sonhadores, vimos poesia em tudo e ouvimos músicas que nos alimentavam a alma.Ou agitavam nossos anseios.De Mozart aos Beatles, passando pelos rocks rurais.A Elis, sempre Elis. Chico Buarque...
Sintonizados. Filosofamos, crescemos. Escrevemos textos que foram ficando vigorosos, como a própria vida, com o passar dos tempos.A literatura. O nosso front de combate. E, creio, ficamos mais duros na queda. Verdadeiros, com muita emoção no ar. E lenha prá queimar neste fogaréu, quase fogo fátuo, da sensibilidade a toda prova.
Agora se fala em netspeak, conhecimentos e relacionamentos via Internet.Facebock. A realidade digital de uns tempos para cá. Estamos ficando, como dizia um dos nossos mais sensíveis poetas, “modernos”, cada vez mais irreconhecivelmente modernos.
A busca continua. Vamos nos adaptando como podemos. A missão ainda não foi totalmente cumprida. Quase. A procura vai se revelando cada vez mais e se ampliando na finitude de nós mesmos e no infinito, esse enorme mistério em nossas mentes. Água viva a nos queimar as vísceras e os neurônios.
REFLEXÃO
TENHA cuidado em não magoar ninguém com suas ações, nem com suas palavras. APRENDA a dizer NÃO de tal forma, que não melindre. Não seja ríspido nem demonstre intolerância. COMPREENDA o ponto de vista dos outros, que tem tanto direito quanto você, de ter sua opinião própria. USE, em todos os seus atos e palavras, de benevolência e GENTILEZA. Domine sua irritabilidade!
RELAXE IMAGINANDO
“Da mesma forma que você cria um desgaste enorme com suas fantasias ansiosas sobre seus problemas, você pode criar um estado de equilíbrio ao imaginar situações de harmonia e bem estar. Imaginar é oferecer à mente uma outra realidade, que ela aceita como verdadeira e reage.” Dance e se solte como foi mostrado no programa da Ana Maria Braga. Também é muito bom.
CUIDADO COM SEU VOTO, ELEITOR.
Os políticos que ganharem nestas eleições para presidente, governadores, deputados e senadores vão ter mesmo muito trabalho pela frente. A par da nossa continentalidade e diversidade sócio econômica e cultural há enormes problemas de infraestrutura de saneamento básico, saúde e educação, habitação, transporte e energia para resolver, com muita URGÊNCIA. É o que está mostrando a série JN NO AR. Iniciativa mais do que louvável. Uma aula aberta de Brasil, alegrias e problemas de um grande povo.
Sei que é difícil colocar a casa em ordem em quatro anos. Mas tentem, sejam honestos, com ficha limpa de fato. Arregacem as mangas, por, favor. Sejam merecedores de nossa confiança! Sou otimista sim, pois como se diz “Brasileiro, Profissão Esperança”. Agindo, com rigorosa seriedade, quem chegar ao Poder não é prá brincar, seja lá de qual Partido for. Que respeitem o nosso voto nas urnas. Em nome da Ordem e do Progresso. Precisamos sim, sermos um país democrático e civilizado. Verdadeiramente.
MORANGOS SILVESTRES
Durante um bom tempo plantei morangos num pequeno canteiro junto ao muro da minha casa. Sem muitos conhecimentos, pois se trata de uma cultura delicada. Mas fiz o que pude. A produção própria era pequena, mas me encantava. Com que prazer eu via as flores branquinhas se abrindo diariamente em razoáveis e doces morangos vermelhos. Sem nenhum tipo de agrotóxico, apenas adubo orgânico.
Resgate da memória: me transportava sempre para minha infância e pré-adolescência quando,com rigorosa disciplina, as professoras levavam os alunos para visitar a Escola Agrícola. Víamos de tudo um pouco da vida rural. Era uma alegria geral. Prá segurar nossa impetuosidade, as professoras batalhavam. Agíamos como desbravadores de um mundo novo, na nossa então pequena cidade.
Mas para mim eram aqueles compridos canteiros de morangos ladeados por córregos planejados que me atraíam mais. Eram intocáveis também. Não podíamos colher nenhum. Imagine comê-los! Um sacrilégio! Aquela terra preta, úmida e os pés de morangos ao longo deles me fascinavam.Talvez por serem a própria representação de um mundo puro ainda em estado de graça. Tanto quanto aquela “catedral” verde amarela de bambus rei onde comíamos nossos lanches de pão com queijo e goiabada ou mortadela com manteiga.
Uma sombra refrescante, veneranda, inesquecível. Devem estar lá até hoje se sobreviveram aos anos e tantas Fapijas, não sei!? Talvez volte a plantar morangos. Quem sabe! Como exercício de sobrevivência... Afinal não há mistérios... Hoje podemos comprar morangos de Atibaia a R$1,50 a caixinha em vários pontos da cidade.
Não é a mesma coisa, mas compensa também. Afinal o sabor de um morango com açúcar é inigualável. Por isso, todos nós, com certeza, temos gana de pegar um bem lavadinho e vermelhinho, enfiar num açucareiro mais próximo e metê-lo na boca, saboreando aquele prazer que quase leva a gente ao êxtase. É ou não é!?
Resgate da memória: me transportava sempre para minha infância e pré-adolescência quando,com rigorosa disciplina, as professoras levavam os alunos para visitar a Escola Agrícola. Víamos de tudo um pouco da vida rural. Era uma alegria geral. Prá segurar nossa impetuosidade, as professoras batalhavam. Agíamos como desbravadores de um mundo novo, na nossa então pequena cidade.
Mas para mim eram aqueles compridos canteiros de morangos ladeados por córregos planejados que me atraíam mais. Eram intocáveis também. Não podíamos colher nenhum. Imagine comê-los! Um sacrilégio! Aquela terra preta, úmida e os pés de morangos ao longo deles me fascinavam.Talvez por serem a própria representação de um mundo puro ainda em estado de graça. Tanto quanto aquela “catedral” verde amarela de bambus rei onde comíamos nossos lanches de pão com queijo e goiabada ou mortadela com manteiga.
Uma sombra refrescante, veneranda, inesquecível. Devem estar lá até hoje se sobreviveram aos anos e tantas Fapijas, não sei!? Talvez volte a plantar morangos. Quem sabe! Como exercício de sobrevivência... Afinal não há mistérios... Hoje podemos comprar morangos de Atibaia a R$1,50 a caixinha em vários pontos da cidade.
Não é a mesma coisa, mas compensa também. Afinal o sabor de um morango com açúcar é inigualável. Por isso, todos nós, com certeza, temos gana de pegar um bem lavadinho e vermelhinho, enfiar num açucareiro mais próximo e metê-lo na boca, saboreando aquele prazer que quase leva a gente ao êxtase. É ou não é!?