sábado, 18 de setembro de 2010

Amoras...Amores

Um único pé de amora rendeu cinco potes de geléia... Com açúcar mascavo e um pouco de cravos. Sem conservantes. Ficou uma delícia. Vou conservar na geladeira para ir saboreando aos poucos. Com cream craker ou torradas. Tive ajuda da professora de Ciências e Matemática, Cristina, no domingo, após o almoço. Colocamos um grande plástico branco no chão e sacudimos os galhos. As amoras se esborrachavam manchando com sua cor característica o plástico e os nossos dedos durante a coleta. Doces amoras. Foram momentos de puro deleite. Voltamos à infância.
Na panela, quando mexíamos, com uma colher de pau, o cheiro doce das amoras foi se espalhando pela cozinha.Não havia como não fazer uma relação com aquelas cozinhas antigas das casas grandes ou fazendas, quando as mucamas faziam doces de tudo quanto é fruta para agradar a sinhá, o sinhô e seus convidados. Dois amigos que estavam tirando um cochilo, acordaram para ver o que estava acontecendo na cozinha. Uma farra. A farra das amoras.
Logo em seguida, o Rogério, também professor, inventou de fazer um bolo cremoso de fubá e farinha de trigo. Ficou enorme na pequena forma redonda. O que se seguiu foi um dos mais deliciosos café com leite da tarde, com todo mundo tagarelando e rindo. Outra professora, a Vera, chegou com pão quentinho. E como a geléia de amoras já estava pronta, mesmo um pouco quente , todos provaram um pouco. Hum! Que delícia!



No cair da tarde ficou difícil não recordar amores vividos. Cada um quieto no seu canto. O que estava acontecendo na TV ninguém parecia estar dando muita bola. Cristina, exilada de Minas, longe de casa, por força da profissão, pensativa, sentia saudades da mãe e dos irmãos. E Vera decidiu falar no celular com seu ex- namorado. Disse que ia levar um potinho de geléia de amoras para ele e a mãe. E o domingo foi chegando ao fim...em paz.

Um comentário:

  1. Amigo querido...Ler o que vc escreve é bom como comer amoras.....Hum! delícia!!!!!!

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